Dívidas de janeiro: o que fazer? MAG Seguros
Publicado em: 19/01/201711 minsÚltima modificação em: 25/11/2024

Educação Financeira

Dívidas de janeiro: o que fazer?

Um dos grandes problemas que nós temos quando vira o ano, são as dívidas que acumulam em janeiro. Sempre que […]

Um dos grandes problemas que nós temos quando vira o ano, são as dívidas que acumulam em janeiro. Sempre que um ano se vai, vem a dor de cabeça em forma de dívidas para pagar logo no início do novo ano.

As despesas de fim de ano fazem com que muita gente gaste mais do que poderia. E, logo em seguida, aparecem as contas de início de ano como IPTU, IPVA, material escolar dos filhos, sem contar as contas de água, luz, condomínio, aluguel, cesta básica, plano de saúde e por aí vai.

Segundo pesquisas, 46% dos inadimplentes não têm condições de pagar dívidas em atraso. Se você faz parte deste grupo e deseja sair dele o mais rápido possível, então continue lendo este artigo, pois ele foi feito para você.

Em um país onde 58 milhões de pessoas têm dívidas atrasadas, nós podemos perceber que este não é um problema isolado, mas que afeta muita gente.

Falar em planejamento, talvez soe bem simples, e de fato é! Mas algumas pessoas ainda nem tem noção de como fazer um planejamento. E acredite, um bom planejamento é essencial para não entrar em dívidas. Mas se já entrou nessa situação, vai precisar de um planejamento para sair.

É um trabalho de “formiguinha”, mas com um resultado certeiro. Afinal, quem não quer se ver livre das dívidas?

As dívidas em janeiro são um fator de muita preocupação, o cenário fica ainda pior quando juntamos dívidas, despesas e inadimplência. Xiii, embolou tudo? Eu te explico.

Se ainda está pagando o seu carro ou seu apartamento, por exemplo, você tem uma dívida. A inadimplência é quando não consegue pagar essas dívidas. Se você também não consegue pagar as despesas elas se acumulam e viram dívidas.

A essa altura deve está se perguntando: Por onde eu começo? Calminha, que vou te ajudar! Mas já te aviso, não adianta nada ler todo esse artigo e não colocar nada em prática, muito conhecimento sem nenhuma ação não leva a lugar algum!

Vamos começar seguindo alguns passos e aos poucos a gente vai controlando o orçamento para conseguir sair do vermelho. Ok?

1- Faça um diagnóstico da sua situação financeira

É muito importante juntar todas as dívidas e despesas que você tem e fazer o somatório de todas elas. Por que estou falando isto? Porque muitas pessoas só sabem que estão endividadas, mas não sabem quanto realmente estão devendo e isso é mais comum do que se imagina. Então fazer um diagnóstico de tudo que se tem a pagar, te auxilia a ver o todo e te possibilita até negociar as suas dívidas. Não precisa contratar nenhum especialista para isso e nem de grandes ferramentas. Pode ser papel e caneta mesmo que já funciona.

Com este “mapinha” na mão, vai poder ter o controle de tudo que faz parte do seu orçamento seja como despesa fixa, variável, parcelas de financiamento ou de compras de produtos para casa, qualquer coisa.

2-Reúna a família

Sabe por que precisa reunir sua família em torno de uma mesa e conversar com cada um? Porque eles fazem parte da sua vida e as despesas também estão sendo geradas por eles. Neste momento é ideal que todos da família estejam cientes da real situação financeira da casa. Todos precisam concordar em unir forças para resolver o problema.

Desta forma, é até aconselhável chamar as crianças e fazê-las entender de forma simples que todos precisam estar unidos. É comum encontrar famílias que sucumbiram a uma dívida financeira. Reunindo todas as pessoas da casa, dá uma sensação de cooperação, ou seja, não vai se sentir sozinho. Todos estarão com você. Faça uma pequena reunião e estabeleça o papel de cada um nesse cenário. Isto é prioridade! Como coach de finanças, eu atendo muitos chefes de família que já estão pensando em divórcio, pois eles se sentem sozinhos na grande batalha que é estabilizar as finanças da casa. Por isso, a importância de todos terem uma só linguagem e entendimento a respeito desse assunto.

3- Entre em contato com os credores

Essa fase eu chamo de mãos à obra. Você vai ter que entrar em contato com todos os seus credores. Veja bem, não adianta começar por esta dica. Não adianta fazer contato com os credores se nem sequer levantou suas dívidas ou sua renda. Entendido?

Não precisa ter medo de procurar a quem deve, seu credor tem total interesse nesta conversa. Você quer pagar uma dívida e ele quer receber. Simples assim! Às vezes seu credor é o banco, lojas, amigo e até parente (nesse caso te aconselho a agir rapidinho, rs).

Em alguns casos, pode até conseguir um bom desconto para o pagamento da dívida à vista. Sendo assim, pode até valer a pena pegar um empréstimo com boas condições e fazer a troca da dívida para ganhar mais tempo.
Uma instituição financeira, por exemplo, sempre possui um setor de renegociação de dívidas o que é uma “mão na roda” na hora de fazer os pagamentos dos atrasados.

4- Corte os gastos desnecessários

Essa parte é fácil de falar, mas não é tão simples de fazer. Ela requer muito foco para que no fim consigamos atingir os resultados desejados.
Somente você sabe o que é verdadeiramente necessário na sua casa e aquilo que pode esperar um pouco mais. Na conversa com a família, selecione algumas coisas que podem aguardar até que toda a situação esteja sob controle. Já atendi famílias onde os pais abriram mão até do telefone celular, mas a conta do celular dos filhos vinha cada mês mais alta. Dessa forma, não há estratégia que funcione.

Tenha certeza de uma coisa: Quando essa situação acabar, você estará pronto para recomeçar só que desta vez com um bom planejamento para não passar sustos e apertos.

As dívidas de janeiro geralmente somam valores grandes e é nessa hora que o desespero começa a povoar a sua mente. Seguindo todos estes passos, não só poupará dinheiro como tempo também.

Dando valor ao seu dinheiro

Eu sempre digo uma coisa aos meus clientes de coaching: dinheiro não resolve problemas financeiros. Nunca vai resolver. O que resolve problemas financeiros é mudança de comportamento e de mentalidade.
Outro dia um cliente me perguntou por que na mesma medida em que ele fazia dinheiro ele também entrava em dívidas. Dizia que era algo que geralmente fazia sem perceber. É fácil, ele simplesmente não dava valor algum ao dinheiro que ele passava noite e dia (ele é médico plantonista) trabalhando para ganhar.

Quando você valoriza seu dinheiro, pensa várias vezes antes de acessar um site de compras ou entrar num shopping para comprar como se não houvesse amanhã. Pessoas que valorizam o dinheiro que tem, não compram coisas desnecessárias, não fazem dívidas desnecessárias. Elas simplesmente são livres.

Ao pensar assim, você consegue ir aos poucos modificando sua forma de agir em relação ao seu dinheiro ajustando seu orçamento para o que “pode” fazer naquele momento. É um passo depois do outro. Você não conseguirá atingir sua independência financeira se não investir primeiro um pouco do seu tempo em planejamento.

Expectativa x realidade

A que ela te remete? As dívidas em janeiro são fonte de maior preocupação para qualquer pessoa, mas principalmente porque mexe com nossas economias. Quando estamos mexendo com nossa poupança a seriedade dos gastos é bem maior.

Se tudo que gastássemos ficasse dentro do nosso orçamento, seria o ideal. Isso mais parece aqueles memes sobre expectativa c realidade, não é mesmo?

É exatamente assim que nos sentimos: a expectativa é que os gastos fiquem dentro do orçamento e que possamos passar o início do ano com folga, mas a realidade é diversa.

Se você sabe que isto é o que mais ocorre na sua família, então está na hora de mudar. E mudar urgentemente esse quadro!

Conheço pessoas que nem sabem o quanto ganham, não sabem quanto custa seu estilo de vida e por aí vai… Não é difícil encontrar alguém que nem possui um planejamento de curto prazo, aquele que fazemos para até 12 meses, seja para trocar o carro ou reformar a casa. E sabe o que acontece? Muita gente se afunda em dívidas justamente nesses momentos. Tiram do orçamento um dinheiro já comprometido para empregar em algo que não estava planejado e pronto! Começa a grande tortura chamada dívida.

Cortando os gastos

Quando falamos de corte, falamos daquilo que não vai fazer falta naquele momento ou que mesmo que faça não vai ser por tanto tempo, então, dá para aguentar. Por exemplo: almoço e jantar fora de casa todo final de semana, comidas caras no supermercado, compras de nenhuma urgência entre outras coisas. Pra maioria das pessoas esse é o ponto inicial de uma dívida.

É necessário que saiba exatamente qual é o seu ponto fraco e o elimine enquanto é tempo. E para não dizer que não falamos desta palavra: economize.

A economia vai desde o consumo consciente, até a economia na hora de fazer os seus gastos. Vai comprar? Pechinche! Não deixe passar a oportunidade de obter um ótimo desconto em cima de produtos ou até mesmo serviços dos quais não pode abrir mão.

Voce vai ver que fazendo isto vai economizar muito no fim das contas. E com relação ao consumo consciente, está aí uma coisa muito importante que já foi dita: você precisa conversar com seus familiares para conseguir reduzir o consumo de sua casa.

E antes que pense nisso, já vou adiantar: Economizar não tem a ver com cortar aquilo que é essencial. Não adianta cortar a manicure, o cafezinho na hora do almoço. Isso não vai salvar a sua vida. Só vai servir para te deixar ansioso e com sentimento de escassez, e não queremos isso.

Dinheiro extra

Você também pode fazer uma renda extra para acelerar o pagamento das dívidas. Esta renda extra é geralmente algo que você ja tem habilidade em fazer, mas que não fazia antes por algum motivo e que pode te trazer um dinheirinho a mais no mês.

Existem muitas formas de se ganhar um dinheiro extra, mas você só vai precisar pensar em algo que faz bem, uma habilidade sua que não está sendo explorada. Pode ser aulas particulares, algum trabalho como babá, faça esta análise e mãos à obra!

Cuidado com as tentações

As compras parceladas, ao contrário do que muita gente pensa, pode não ser uma boa ideia nesse momento.

Evite usar o cartão de crédito nesse período em que está pagando suas dívidas, essa é outra coisa importantíssima que você precisa saber. Cartão de crédito não é dinheiro. Você usa contando um dinheiro que ainda não está lá. Então, nada de usá-lo durante de acerto das dívidas.

Um novo jeito de ver

Tudo que você empreender com o pensamento correto e atitude têm a tendência de dar certo. Se mudar seu ponto de vista e começa a agir, as coisas começam a fluir.

Você precisa entender que agora mais que nunca vai precisar ter disciplina e paciência. Às vezes levamos meses pagando uma dívida que foi gerada em alguns dias. Paciência! Tudo vai se resolver.

Faça um planejamento

Sempre escuto de todos os meus coachees no início do processo: “Ah! Esse negócio de planejamento não é pra mim”, ou então, “já tenho tudo na minha cabeça”.

Aí está o grande perigo! Todo ser humano precisa de um planejamento, mas mais que um planejamento você vai precisar agir, se fizer um planejamento e guardar ele na gaveta, sua vida vai permanecer a mesma. Nada muda! Não é o planejar somente, é o executar.

Se estiver com dívidas, vai precisar de um bom planejamento e se não estiver também vai precisar.

Quando falo de um bom planejamento, não estou dizendo que precisa de algo complexo que precisa gastar horas tentando entender, estou falando de algo simples, porém muito eficaz. Pode ser papel e caneta pra começar ou uma planilha no Excel que vai te dar mais clareza.

Bem, eu quero te ajudar a dar o “ponta pé” inicial e “virar a chave” que vai mudar a sua vida financeira e, consequentemente, toda a sua vida.

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